O estudo intitulado “Tecido linfonodal cervical como alternativa para área doadora em microcirurgia no tratamento de linfedema secundário em membros” dos Doutores Gilberto Vaz Teixeira, Gustavo Amaral de Abreu, Diego Alvarez Naranjo, Felipe de Borba Chiaramonte Silva, Gabriel Manfro, Edgar Edinson Fernandez Alatamiranda e Sofia Ratchitzki Teixeira recebeu o Prêmio Alberto Rossetti Ferraz, no XXIX Congresso Brasileiro de Cirurgia de Cabeça e Pescoço, em João Pessoa.
O CEPON, pioneiro na realização dessa cirurgia em Santa Catarina, iniciou esse novo procedimento há 8 meses e já atendeu cerca de 10 pacientes. “Todas as cirurgias tiveram o resultado esperado, ocorrendo a melhora no quadro e a devolução da qualidade de vida ao paciente, que muitas vezes não conseguia voltar a trabalhar devido ao linfedema”,afirma Dr. Diego Naranjo, cirurgião de cabeça e pescoço do CEPON.
Pacientes que passaram por tratamentos de câncer podem desenvolver linfedema, uma condição crônica, progressiva e debilitante caracterizada pelo acúmulo de líquido linfático no tecido adiposo. Essa condição impacta negativamente a qualidade de vida, podendo resultar em problemas psicossociais, deformidades nos membros, dificuldades de mobilidade, infecções e baixa autoestima, entre outros fatores que prejudicam a qualidade de vida dos pacientes.
O estudo realizado pelos autores destacou as possibilidades de tratamento cirúrgico, a transferência microcirúrgica de tecido linfático vascularizado tendo o pescoço como área doadora. “Ganhamos o Prêmio da Sociedade Brasileira pela inovação apresentada na cirurgia de cabeça e pescoço. É um procedimento inédito cuja técnica de utilização de tecido linfático do pescoço foi desenvolvida por nós, os autores do trabalho, e os resultados foram animadores, podendo ser uma nova opção no tratamento desta sequela, comum em mulheres submetidas a mastectomia e radioterapia por câncer de mama”, relata o Dr Gilberto Teixeira, cirurgião de cabeça e pescoço.